domingo, 13 de abril de 2008

Mulher e capoeira

A capoeira é arte e como tal, é uma forma de expressão que não tem barreiras, não tem limites. Isso quer dizer que cada um pode adapta-la e ela pode se adaptar as características pessoais de cada individuo. Capoeira é dança, a mulher é pela própria natureza uma bailarina......desde criança ensaia, dança, deixando-se levar pela musica. A capoeira é luta, e a mulher já faz tempo que vem demonstrando sua valentia naquelas artes confinadas no passado só aos homens: das mais tradicionais (judô, karaté, aikidô) as mais atuais (ju-jistu, muay thai, wrestling). Dentro da roda a mulher leva sua energia, sua flexibilidade, raramente chega aos níveis acrobáticos dos homens, mas ela se sobressai por outras qualidades. Não é raro ver uma mulher jogando com um sorriso que ilumina a roda a seu redor, não é raro que uma mulher ao entrar na roda influencie com sua energia a bateria, o ritmo e as pessoas que estão assistindo. Talvez pela sua sensibilidade pela sua delicadeza, no jogo lembra as crianças: cria, ousa, cai e levanta, e as vezes esquece do sorriso que continua mesmo estando no chão. A mulher lutou muito acompanhando nos anos o desenvolvimento da capoeira dentro da sociedade, até chegar aos dias de hoje onde ela reina e conquista aqui também seu espaço, ás vezes difícil nessa arte. Conquista seu espaço no Brasil onde o preconceito em relação a capoeira é maior e no exterior onde talvez a sociedade está mais acostumada a lidar com a evolução feminina. Divulga a cultura brasileira, educa jovens, desenvolve cidadãos, implanta projetos sócias. Assim, o que é difícil de pesquisar na historia e tão raro de se tornar lenda, como o mito de “Maria doze homens”, que com sua valentia dava conta de lutar com doze homens de uma vez só, agora vira normalidade. Inúmeras Tatiana, Virginia, Caroline, Josy, estão aí mostrando ao mundo que não existe coisa melhor que as diferenças para completar, somar e ampliar qualquer tipo de forma de expressão. Ella no debe intentar ser como un hombre en la roda, debe saber usar lo que la hace diferente para actuar en contra la violencia y la fuerza sin dejar la malicia de lado... bj Pantera